Myanmar, Mianmar ou Mianmá (a antiga Birmânia ou Burma) é um país asiático, limitado a norte e nordeste pela China, a leste pelo Laos, a sudeste pela Tailândia, a sul pelo Mar de Andaman e pelo Canal de Coco (através do qual se chega ao estado insular indiano de Andaman e Nicobar), a oeste pela Baía de Bengala e a noroeste por Bangladesh e pela Índia. Sua capital é Naypyidaw.
No século XIX, o Império Britânico invade a Birmânia, incorpora-a à sua colônia da Índia, expulsando a família real para um exílio na Índia. As primeiras guerras anglo-birmanesas ocorreram em 1824 e 1853. Foi também em 1853 que, sob o governo do rei Mindon, iniciou-se uma intensa revolução industrial em paralelo à descoberta de petróleo. Em 1885, a Grã-Bretanha venceu a terceira guerra anglo-birmanesa e assumiu totalmente o controle do país. Já no século XX, com o início da II Guerra Mundial, os birmaneses chegaram a auxiliar os japoneses em uma tentativa de expulsar os colonizadores ingleses. Em 1937, torna-se uma colônia à parte.
Durante a Segunda Guerra Mundial, no período de 1942 a 1945, a Birmânia é ocupada pelo Japão, onde ocorrem violentos combates.
Obteve a sua independência do Reino Unido em 4 de Janeiro de 1948, sendo esta a data do seu feriado nacional.
Em 1962, um golpe militar leva ao poder o general U Ne Win, estabelecendo um regime comunista que governa ditatorialmente até 1988, quando uma onda de protestos populares obriga a sua renúncia. Ainda em 1988 um novo golpe militar leva ao poder o general Saw Maung, dando continuidade ao regime.
Em junho de 1989 o nome do país é alterado para Myanmar.
Em 1990, nas eleições para o parlamento, encarregado de elaborar a nova constituição, a oposição vence com ampla maioria, porém, o governo impede sua atividade. O país mergulha em crise política e social, com o governo reprimindo qualquer manifestação da oposição. No plano econômico, a ditadura estreita as relações com a China.
Uma história de torturas e prisões políticas assombra o país, com a prisão de opositores e a censura da imprensa.
Os conflitos que estão sendo noticiados recentemente é resultado de uma onda de manifestações disseminadas por todo o país por monges e populares que protestam por vários motivos: maior liberdade, degradação da economia e o corte dos subsídios aos combustíveis que paralisou o fraco sistema econômico daquela nação. Verdade é que a veiculação de imagens de casamento nababesco em um país paupérrimo precipitou os acontecimentos. A polícia reprimiu as manifestações pacíficas de maneira extremamente beligerante. Vários mortos e centenas de prisões é o saldo de uma das políticas mais repressivas dos últimos anos ao redor do mundo.
Os Estados Unidos, a União Européia e vários países da região apressaram-se em condenar as ações do governo militar. Já a China pediu "calma" ao governo e aos manifestantes. O veto chinês impediu uma imediata condenação de Myanmar no Conselho de Segurança da ONU.
*Este comentário poderá ser atualizado com o desenrolar dos acontecimentos